Fotos boas sem flash

Quando fazemos fotos sem flash, em ambientes externos e de dia, percebemos como as imagens ficam mais nítidas, claras, com uma luz mais natural e sombras mais bonitas. Porém, em ambientes fechados ou à noite, nem sempre é possível não usar o flash, e o resultado são fotos pálidas, sem vida e com o fundo muito escuro.

Hoje vamos aprender a programar a câmera para fotos em ambientes internos, dispensando ao máximo o uso do flash. Claro que há limitações no que diz respeito à câmera e à iluminação do local, mas é possível melhorar bastante a qualidade das imagens tomando alguns cuidados:

Todas as câmeras possuem um ajuste do ISO, que é a sensibilidade que o sensor responde à luz do lugar que se fotografa. Quanto mais alto o valor do ISO, mais luz a câmera "puxa" do ambiente, tornando a foto mais clara e o alcance do flash (quando usado) maior. Porém, um ISO muito alto também aumenta o ruído, ou noise, da imagem: aqueles pontos coloridos e estranhos que aparecem nas áreas escuras de uma foto.


Abaixo, eu peguei um pedaço de uma foto que foi feita em um ambiente interno, sem flash - aproveitando a luz do dia que entrava pela janela.



O dia estava nublado e a luz estava fraca, mas mesmo assim eu optei por fazer a foto sem flash. Para isso, precisei aumentar o ISO na câmera para 800, o que fez com que a foto ficasse clara, mas com muito ruído. Como o visor da câmera é pequeno, não dá pra perceber muito bem o que acontece. Mas basta passar a foto pro computador e visualizar em 100% do tamanho, que vemos a perda da nitidez e um colorido estranho nas áreas escuras da foto.


Além de aumentar o ISO, você também pode colocar a câmera no modo de prioridade de velocidade, normalmente identificado pelas letras [Tv]. Isso significa que você vai selecionar a velocidade do obturador e a câmera vai fazer o ajuste automático da abertura do diafragma para aquela situação.

Procure não selecionar um valor menor do que 1/30s, caso contrário, qualquer mexidinha que você der na câmera ou qualquer movimento que o modelo fizer durante o tempo de exposição vai ser o suficiente para que a foto saia tremida. Se a luz estiver satisfatória para esse ajuste, a foto vai sair boa. Se você dominar o modo manual (e se sua câmera tiver essa função), o resultado pode ser melhor ainda.

Se ainda ficar escuro, você pode tentar mais uma coisa: ajustar a compensação de exposição da máquina.
O botão do disparador das câmeras têm duas fases: quando apertamos até a metade, a câmera faz o foco e também a leitura da luz (fotometria). Acontece que para essa medição da luz, as câmeras tiram uma média das cores dos objetos da cena, o que significa que se você estiver em um lugar com várias paredes brancas ou o modelo estiver usando uma roupa clara, a câmera vai se confundir e achar que, pela quantidade de branco, o lugar está muito iluminado. O resultado é o diafragma ficar muito fechado ou a velocidade muito alta e sua foto sair escura.

Para isso, existe um recurso chamado "Compensação de Exposição", representado por um ícone mais ou menos assim:
Você pode ajustar essa compensação para mais (quando quiser que fique mais claro), ou para menos (em situações de contra-luz, ou quando você fotografa um pôr do sol, por exemplo). O Daniel Gomes tem um artigo muito bom sobre "como enganar sua câmera" nesses casos.

Caso tudo o mais falhe, você ainda pode recorrer para aproximar o modelo de alguma fonte de luz, como uma janela, uma luminária ou qualquer coisa assim. Ou, caso você esteja fotografando um objeto estático, usar um tripé. Assim, mesmo que a câmera precise ficar expondo durante longos períodos, você vai conseguir uma imagem sem borrões.

Se, ainda assim as fotos saírem tremidas, meu amigo... Você VAI TER de apelar para o flash. Mas isso não é o fim do mundo, e existem formas e formas de utilizar o flash. Muitas vezes, ao invés de atrapalhar, ele super valoriza suas imagens. Falarei sobre isso em um próximo post.

Até mais e BOA FOTO!

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